sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ao modo Alice

O que sou? Quem sou? Sei lá...Prefiro me descobrir todos os dias, quando perco meu olhar nas estrelas, quando me misturo entre as flores, quando me inundo com o sol, quando vôo ao escutar uma música. Quando sonho..seja de olhos abertos ou fechados.

Sou um paradoxo solto, perdido num mundo de idéias vez por outra antagônico.

Meu combustível infindável: o fio do meu pensamento que nem eu sei onde começa e muito menos onde vai terminar.

Já pensei ficar louca embaralhada com tantas perguntas e possíveis respostas que às vezes no segundo seguinte tornaram-se apenas tolices.

Sou uma hipérbole de mim mesma. Com tal exagero que me desconheço às vezes. Mas se eu não fosse esse exagero será que seria eu mesma? Ou seria apenas uma pessoa comum? Será que sou comum? Quem sabe o que é comum?

Enquanto pessoas viajam tranqüilas dentro de seu ônibus rotineiro rumo ao seu trabalho rotineiro, minha mente embarca em outra viagem dentro desta viagem.

Às vezes não consigo sair e me perco em mim mesma.

O que é certo? O que é errado? Afinal... Será que isto existe mesmo?

Falam por aí em trilhar caminhos retos... Eu prefiro os atalhos laterais, talvez levem ao mesmo fim, e posso ver outros visuais, sorrir de outro jeito. Mas e se ele não levar ao mesmo final? Ao fim da estrada? Será que era melhor eu pegar a estrada reta???

Mas... espere!!! Quem disse que eu quero chegar ao final? Eu não disse isso!

Todo mundo faz coisas pensando no final, e dizem que tudo tem um começo, um meio e um fim. Não sei disso não. Eu prefiro me perder no meio. Para que chegar ao fim? Prefiro me divertir no meio das coisas, na multidão. E se eu quiser para? Pego outro atalho, paro, sento no meio da minha floresta e silencio minha mente e assim não escuto mais nada, nem minhas pobres loucuras. Levanto-me e vou pulando para outro meio.

Aí certa vez ouvi: Mas a morte é o fim. E respondi: Você já morreu pra saber?

Bem, meu mundo é feito de possibilidades, excesso de pensamentos, explosões emocionais, idéias loucas... (Loucas? Mas quem sabe o q é loucura?). Pelo menos eu posso voar...

E eu sou um misto disso tudo.

Talvez nem exista um eufemismo para suavizar-me. Meu cérebro se resume numa fusão de surrealismo e realidade paralela, onde tudo é possível. Até você é possível...se é que me entende...

Um comentário:

Marii Narciso disse...

Nossa, amei o texto ! Tu é sinistraa, maluco !! a cada dia que passa você me surpreende mais e mais, Ju !

Vê se arranja mais tempo pra postar outros. Quero ler mais textos teus ;)

beijo, meu beeem !